Arte de SHIKO(*) aos dizeres que seguem...
Moon - Palavrana, ou o golpe
(I)
é só um tolo demente
crente em fadas e duendes
o que desmorona
contundentemente
um lapso-quase-lampejo
pareceu-lhe um clarão de desejo
e, findo o sonho
era o mesmo lunático absorto
desvairado a esmo
mendigando ao sono
para crer-se diante do clarão embusteiro
[do brilho onírico;
tangente, lívido e sobranceiro.
a palavra rota balbucia e se arrasta
qual sua disforme e risível face embotada
um restolho do delírio
na vigília nervosa d’alta noite finda
(II)
minguado consolo da hora palpável do agora,
a palavra!... que massacra o tênue fio de sopro
[do lapso-quase-lampejo
e desnuda o escuro das luzes
troçando e esmagando o bizarro semblante
burlesco e infausto do verme patético
ludibriado por sua insana criação.
Verme...
bufão estúpido fiado à palavra
que desdobra a mágoa do agora
no espelho d’aflição, raiva e, por fim, desprezo
sobre a ingênua e estúpida crença
na absurda fábula do himeneu eterno
[entre a flor e o farrapo
entre o dia e o amargo
entre o céu
e o nada
pois, cala-te, desdito!...
cala-te
e sucumbe consonante ao precipício adverso
dobra-te sobre ti mesmo
até que te fundas ao ermo
cala-te
e alça o árduo vôo ao opróbrio de tua queda
(*)sobre SHIKO
http://blogueando.com.br/design/flickr-da-semana-shiko-derbyblue/
Moon - Palavrana, ou o golpe
(I)
é só um tolo demente
crente em fadas e duendes
o que desmorona
contundentemente
um lapso-quase-lampejo
pareceu-lhe um clarão de desejo
e, findo o sonho
era o mesmo lunático absorto
desvairado a esmo
mendigando ao sono
para crer-se diante do clarão embusteiro
[do brilho onírico;
tangente, lívido e sobranceiro.
a palavra rota balbucia e se arrasta
qual sua disforme e risível face embotada
um restolho do delírio
na vigília nervosa d’alta noite finda
(II)
minguado consolo da hora palpável do agora,
a palavra!... que massacra o tênue fio de sopro
[do lapso-quase-lampejo
e desnuda o escuro das luzes
troçando e esmagando o bizarro semblante
burlesco e infausto do verme patético
ludibriado por sua insana criação.
Verme...
bufão estúpido fiado à palavra
que desdobra a mágoa do agora
no espelho d’aflição, raiva e, por fim, desprezo
sobre a ingênua e estúpida crença
na absurda fábula do himeneu eterno
[entre a flor e o farrapo
entre o dia e o amargo
entre o céu
e o nada
pois, cala-te, desdito!...
cala-te
e sucumbe consonante ao precipício adverso
dobra-te sobre ti mesmo
até que te fundas ao ermo
cala-te
e alça o árduo vôo ao opróbrio de tua queda
(*)sobre SHIKO
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