sexta-feira, 16 de dezembro de 2011



HUMANO, BASICAMENTE, HUMANO

reativo...  
descobrindo o talento de, como poucos, ter precisão pra devolver - sempre com maior intensidade - tanto a doçura quente de um abraço, quanto a amarga contundência de um coice.



















AMAR É...

                                                      incerto 

                                      como certo é

        que jamais é o bastante



(há anos - eras! - para Luana Penalber)

Lástima...



saudade da franqueza
e da vastidão
dos olhos fechados
--
sem cuidado,
o tempo
irruga 
o abraço

(para Maíra e Thiago...)


segunda-feira, 25 de julho de 2011

À FLOR DA LUA


(Moon)

(Foto: Esther Lucio Bittencourt)
(Foto de Esther Lucio Bittencourt)
















Sobre a hora ida que persiste
   e
   a luz algóz da lua em riste,
   "os dizeres de tempos desditos"















(imagem: http://www.imagensdeposito.com/) 

a ninfa 
nas veias em górgona plasmada

aos olhos, 
de bosque silente
finda em deserto  
ao desespero da sede

a flor
dantes vivaz e terna
sangrou áspera em queda
deixando
no abismo incauto
o solitário regresso
arrastado e cego
(Dizeres de tempos desditos)

sábado, 19 de março de 2011

Rogo



















grunido de raiva abafada 
ao qual só um milagre abrandaria...

(ilustração: "O GRITO" - Edvard Munch)

Why!?
















ainda sem resposta...
guardando velharias entraves
junto a incertas lembranças cortantes

(ilustração; "O DESESPERADO" - Gustave Courbet)

quinta-feira, 3 de março de 2011

o flautista de hamelin













virulência das ondas
na solidão do rádio
ensinando a ouvir e esquecer
o som sem graveagudo,
na média-onda-morna
pra se ouvir e esquecer
e
ouvir
e
ouvir
...
e
esquecer