Foto (AMAZÔNAS) de GUILLERMO GODOY, ao dizer que segue.
("Mun'dágua": presente do indicativo
do verbo "mund'aguar", que,
sob inspiração "manoeldebarrista",
suspira que é remundar liquefazendo.)
ouro do crepúsculo,o dorso d'água agiganta
o remador minúsculo
feito sopro de preguiça
de uma brisa que cochila
e que se lembra, vez por outra,
da andança pelo mundo.
feito choro penitente
o olho jorra, permanente,
o fio nascente
que mund'água
e abriga o verso do silêncio,
que conjuga o rir minúsculo
no cantar que diz: "eu rio!"
e voeja mund'aguando
em reboliço no ouro d'água
(Sob Manoel de Barros,
Para Washington Favacho,
ido nas águas, há tempos.)
Menino,
que o rio seja o céu beijando a terra.
que o rio seja o céu beijando a terra.
Paz e descanso...