Moon - O derradeiro colóquio
entre "A Lua" e "O Desdito"
(ou "Um pesar de queda e alívio")
O desdito:
De fato,
Não crês em minhas palavras trêmulas!
Queres tão somente livrar-te do peso
Do que sabes não ser nenhum arabesco,
Mas, o que tornou-se a verdade sentida
Do amor que plantaste...
A lua:
E como podes tu
Pensar que sabes de mim falar melhor que eu mesma!!!?
O desdito:
É que tua fraqueza é patente e inocultável
Como a luz que de teus olhos emana,
Inefável criatura!...
E sendo tão covarde e fraco teu andar
Tive eu que adivinhar teu asco
E caminhar pra longe de ti...
Absurda, desprezível deidade...
A lua:
És cruel, e magoas-me!... Quero-te bem...
O desdito:
Mágoa!?...
Não sabes do que falas em tua tolice inerme e apoucada!...
Retira, pra todos os infernos, tua desgraçada presença
Do alcance mesmo de minha mais ínfima ideia,
Demônio estúpido!!!
A lua:
É adverso o mundo este que arrebata, meu rapaz!...
O desdito:
Em qualquer mundo é lamentável
A displicência dos covardes;
Usa, pois, tua ignorância dos abismos
E ruma, insípida, na superfície efêmera
Deste tão pouco ou quase nada
Que tanto te encanta...
entre "A Lua" e "O Desdito"
(ou "Um pesar de queda e alívio")
Era o medievo.
Sem dúvida que era!...
O desdito:
De fato,
Não crês em minhas palavras trêmulas!
Queres tão somente livrar-te do peso
Do que sabes não ser nenhum arabesco,
Mas, o que tornou-se a verdade sentida
Do amor que plantaste...
A lua:
E como podes tu
Pensar que sabes de mim falar melhor que eu mesma!!!?
O desdito:
É que tua fraqueza é patente e inocultável
Como a luz que de teus olhos emana,
Inefável criatura!...
E sendo tão covarde e fraco teu andar
Tive eu que adivinhar teu asco
E caminhar pra longe de ti...
Absurda, desprezível deidade...
A lua:
És cruel, e magoas-me!... Quero-te bem...
O desdito:
Mágoa!?...
Não sabes do que falas em tua tolice inerme e apoucada!...
Retira, pra todos os infernos, tua desgraçada presença
Do alcance mesmo de minha mais ínfima ideia,
Demônio estúpido!!!
A lua:
É adverso o mundo este que arrebata, meu rapaz!...
O desdito:
Em qualquer mundo é lamentável
A displicência dos covardes;
Usa, pois, tua ignorância dos abismos
E ruma, insípida, na superfície efêmera
Deste tão pouco ou quase nada
Que tanto te encanta...